Enfrentamo-los com a coragem que se sobrepôs aos medos – em frágeis embarcações, em mares revoltos, nada restava ao comandante, para negociar com a apavorada tripulação –, cerceados pelo pavor (petrificados e em êxtase), a única alternativa foi acreditar em milagres, nos anjos salvadores que fizessem levitar a nau para não ser engolida pelo poderoso, fluido e onduloso, inimigo. Com a ajuda dos muitos santos evocados, os fortes ventos seriam domados, a força do gigante seria amansada e, ao final, uma leve brisa sopraria no que restava dos panos em frangalhos das velas, para escapar à morte eminente.
Venceram! Com muito medo, dor de barriga e fé. Muita fé! Os heróis aniquilaram, de vez para sempre, os maiores temores dos mares e os seus pajés. O mundo, até hoje reconhecido, tem uma dívida impagável de gratidão com os bravos desbravadores. Imagino!
Sabemos que o monstro de hoje não é imaginário, é real, tem nome e endereço. Dependemos de nós mesmos para não sermos engolidos pela sua voracidade, pela sua insaciável fome de poder e riqueza. O poder econômico sabe aplicar bem seus intentos: a título de ajuda ao desenvolvimento dos países com falta de recursos, oferece, abundantemente, financiamentos que conduzem à insolvência e, consequentemente, à dependência econômica e à pilhagem! Graças à comprometida coparticipação de políticos inconsequentes ou corruptos.
A mudança necessária é responsabilizar os políticos pelos seus atos administrativos. Político corrupto preso não rouba e inibe, dado o exemplo, outros colegas de prevaricar. A solução é simples: basta por a Justiça para funcionar. Parece simples de dizer, mas difícil de aplicar. Concordo! Julgo, por isso, que as pessoas devam reivindicar mudanças, em primeiro lugar, das complacentes leis, que não punem eminentes comprovados corruptos.
Mude-se a maneira de pensar das pessoas, para o País mudar! .
O voto não pode dar imunidade a bandidos.
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