terça-feira, 30 de abril de 2013

Ditadura!


Tinha 15 anos em 1962, quando comecei a sentir o malefício da ditadura. Ao comprar um pequeno rádio portátil a pilhas - era lei ter de pagar uma licença anual pelo uso do rádio. Como não me propus pagar, só escutava música em casa e com o som no mínimo, não fosse um dedo duro, do sistema (PIDE), denunciar-me e ter o vexame de pagar multa. Em Viseu, de noite, não passava perto de determinada rua, no final da Rua Direita (as “quintas do galo e do grilo”, da época), não temendo a fúria das esposas visienses, mas a implacável repressão policial. Vivi os 12 anos anteriores ao 25 de abril, consciente dos temores da ditadura. Posso avaliar o que é uma ditadura, sobrevivi a uma, dela tirei a experiência que me dá energia para repudiá-la.
Com o professor Marcelo Caetano, sucessor de Salazar, pude notar mudanças na política. Começou o seu governo abrindo lentamente as portas da ditadura à democracia. Deu início a uma pequena abertura política, permitindo maior liberdade de expressão. Criou as pensões para os trabalhadores do campo e autorizou o funcionamento dos sindicatos (lembro que meu salário duplicou, muitas grandes empresas demitiram funcionários, a VW, desprevenida, demitiu metade dos seus funcionários).
O governo do professor MC, criticado pelos apaniguados da ditadura, pelos militares insatisfeitos com a guerra nas colônias e pela insatisfação popular, aumentada pela recessão econômica de 73 (crise mundial do petróleo), ficou debilitado, facilitando a ação do movimento democrático de mudança, dos jovens oficiais militares. Acredito que os ventos da democracia soprados no mundo não tardariam a chegar a Portugal, era uma questão de tempo. Tempo de mudança há décadas angustiosamente desejada sem chance de, por mais tempo, ser contida. Mas entendo que Portugal estaria melhor hoje se a abolição da ditadura fosse mais lenta e consensual.  Assim como a retirada militar, apressada, das províncias ultramarinas (os militares saíram com o rabo entre as pernas), causou muito sofrimento e morte aos patrícios, fazendeiros e outros trabalhadores, emigrantes do continente. Provavelmente  não teria acontecido uma carnificina comunista que, para sempre, vai manchar a história do país, uma vergonha! Por pouco não derrubaram a ponte Salazar. Por aí podemos imaginar os prejuízos causados, na cultura, na economia, no patrimônio nacional, afetando pessoas, influindo no futuro do país.
Por muito tempo, vamos ter de pagar a ação raivosa duma minoria ditatorial e homicida. Enquanto não forem proibidos em público, como em alguns países do Leste da Europa, os símbolos foice e martelo, assim como é a suástica, a democracia não vai prevalecer, nunca seremos um país com autonomia, independente e auto-sustentável. Os fanáticos assassinos fascistas nazis foram fichinhas, comparados com seus iguais, os assassinos ditadores comunas.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Aquecimento global.



Desaceleração do aquecimento global intriga “cientistas”

Cientistas” estão com dificuldade para explicar uma desaceleração do aquecimento global que expôs lacunas no seu conhecimento, e eles buscam entender as causas para determinar se esse alívio será breve ou se o fenômeno é duradouro.
A maioria dos modelos climáticos, gera...




quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tem “capo” na eira (raposa no galinheiro).


Não pretendo cantar de galo, como o garboso cantante da madrugada, para não despertar e acabar com  o sonho tranquilo dos justos, aqueles que, seduzidos pela “democrática” retórica populista, acreditam nos seus anjos salvadores. Mas sim cacarejar, como as galinhas, denunciando a política que norteia as nossas vidas.
Falando de galinhas ou de “galos” populistas, serve o exemplo comum aos dois: de grão em grão lá vão enchendo o papo e haja celeiro ou orçamento de estado que sacie sua famigerada vontade de comer. Podem estar com o papo cheio, mas não resistem ao milho e ao “tutu”, que são a sua tentação.
Todos os dias pipocam notícias, como grãos de milho, de casos de corrupção e malversação das contas públicas.
A de hoje fala de uma linha férrea fantasma que consumiu 10 milhões de euros que liga a Covilhã à Guarda.
Assim como o aeroporto de Beja, que está às moscas, bilhões foram torrados e outros milhões por ano são desperdiçados na sua manutenção. Existem culpados? Não! Os dois partidos que destruíram o país estão aí se alternando, cantando no poleiro, um sucede o outro para vir a fazer o mesmo, ou pior, quando governo. O interesse é o mesmo, dividir entre si a pouca riqueza produzida pelos escravos portugueses.
Só para terminar, como um grande banco de Estado, a CGD, pode apresentar um saldo negativo de 400 a 750 milhões por ano? Seus 11 diretores, onze diretores...!, recebem, como prêmio de ”eficiência”, mais de um milhão de euros por ano!!! Isto explica a redução nos contra cheques dos funcionários públicos e dos reformados. O dinheiro tem que vir de algum lugar.
È pura perda de tempo discutir o canto dos boys da vez (P.P. Coelho ou J. Sócrates). A política dos interesses partidários tem que terminar. Ou acabamos com eles ou eles arrasam mais nossas vidas e a dos nossos filhos.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Castelo%20Branco&Concelho=Covilh%E3&Option=Interior&content_id=3159107

http://www.lowcostportugal.net/viajar/aeroportos/beja-aeroportos/ryanair-descarta-voar-em-beja-diz-que-o-aeroporto-nao-deveria-ter-sido-construido/2012/04/#axzz2QATGVQGX