segunda-feira, 28 de março de 2011

Merkel nomeará novo Presidente do Banco de Portugal

Resido num País muito rico com seu povo pobre, há 38 anos.
 Durante 21 anos, até 1994, convivi com instabilidade econômica insuportável, com inflação mensal que chegava aos 80%. Nenhum economista estrangeiro entendia como podíamos conviver com índices de inflação tão elevados.
Os produtos nos supermercados eram remarcados de hora em hora, Os salários eram corroídos, de um dia para o outro, novos programas econômicos eram lançados desestabilizando a economia. A toda  hora as regras do jogo econômico mudavam. 
 Não entendia nada de economia. Via na causa do problema o País ser grande, necessitar de muitos investimentos sociais como: saneamento básico, escolas, postos de saúde e muitos outros em infra-estrutura geral, como estradas, aeroportos, portos e outros.  A população aumentava muito rápido, triplicou em 50 anos.
Em 1994 foi posto em prática mais um plano econômico, o Real e, com ele, outras medidas de ajuste foram feitas para equilibrar os gastos públicos. Venda de Estatais deficitárias, controle dos gastos públicos em 60% do orçamento com o funcionalismo Público e venda dos bancos Estaduais ( o Brasil é uma confederação dividida em Estados ). Do conjunto das medidas, a venda dos Bancos Estaduais foi fundamental. Era aqui que queria chegar para poder fazer uma relação com o que se passa na CE.
O Brasil tem um Governo Federal ( comparável com o governo de Bruxelas) e os Estaduais (como os dos países membros da CE ). Os Estados mal administrados por políticos mentirosos usavam seus Bancos Estaduais para cobrir os rombos nas contas públicas e, para isso, recorriam a empréstimos externos a juros altos. Quando a cobrança era feita, passados alguns anos, outro Governo sem dinheiro tinha que recorrer ao Banco Central para que saldasse junto ao credor externo suas contas. Pego desprevenido, o BC contraia nova dívida externa (chegou a ser a maior do Mundo na altura ) e emitia mais moeda, gerando inflação.
 O que se passou  por aqui no Brasil tem relação com o que está acontecendo na CE? Se tiver, o que vai acontecer em breve com o Banco de Portugal e dos outros Países membros não confiáveis? Não podendo ser  vendidos...! Isso mesmo, vão perder autonomia, vão ser geridos por executivos estrangeiros, nomeados pelo BCE para  fazerem relatórios confiáveis.  Ao aderirmos à CE perdemos a autonomia para administrar nossa economia e não só. Alguma dúvida? Somos ou não somos incompetentes. Nisso Merkel tem razão, só não entendi ela elogiar Sócrates. Mário Soares, o patriota, tem muita explicação a dar sobre esta situação!
Termino afirmando, não me levem a sério, continuo a não entender nada de Economia, só reconheço um pouco de safadeza na política. Como mentem!

sábado, 26 de março de 2011

Vamos inverter a situação, a voz do povo haverá de sobrepor-se

O circo está montado, falta pouco para os palhaços apresentarem-se no picadeiro.
Já começam a ensaiar o roteiro de mútuas acusações.
 Soluções para a crise não teem, vai que o otário do povo cobra dos candidatos ao novo Governo de Embromação Nacional compromisso de redução nos seus gastos! O grito da platéia “o exemplo vem de cima” deve ser constante para calar os palhaços falastrões.
“O exemplo vem de cima”                                                                   
Basta de enganação, queremos solução
Mais postos de saúde e trabalho, mais escola
Menos boys na governação

Mais estrelas no firmamento

O jardim de encantadoras e belas flores, de espécies únicas, com o decorrer do tempo vai diminuindo por falta de reposição.Esta semana duas se foram, ficou para a eternidade o perfume que em vida exalaram:  Artur Agostinho e Elizabeth Taylor.

quarta-feira, 23 de março de 2011

É hoje?


Cai, cai, cai, cai eu não vou te levantar.
Cai, cai, cai, cai quem mandou escorregar...
Cai Sócrates, cai, por favor, cai.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia mundial da poesia

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mário Quintana

domingo, 20 de março de 2011

Ainda não chegamos ao fundo do poço

O PR tenta nos convencer que não é culpado, isso é mais importante que fazer o que lhe cabe. Foi eleito para governar, é pago para isso. O País continua sem comando, se importa mais com a sua imagem do que solucionar os problemas do País.
“Está para nascer....”
“Não se podem exigir mais sacrifícios aos portugueses....”
“Os jovens à rasca devem manifestar a sua insatisfação....”
“Comparo a vossa coragem à dos jovens mobilizados para o Ultramar...!”
Com esta última afirmação passou do ponto. Estou envergonhado.
A minha geração perdeu anos da sua juventude, sofreram, muitos ficaram com seqüelas para o resto da vida e outros tombaram em combate. Comparar é desconhecer a história.
Não cansa de falar disparates, agora virou puxa saco dos jovens, que no futuro, terão de pagar seus erros.
Assuma responsabilidades. Foi e é um dos responsáveis pelo descalabro da economia. Não herdou da ditadura o direito a quatro aposentadorias.
Ele e o PM falastrão e canastrão, não sabem tirar o País do buraco que cavaram. Pelo contrário, o afundam ainda mais.
Mais ação e menos conversa. Comece por fechar institutos públicos e fundações públicas. Venda RTP, TAP e demais empresas deficitárias.
Moralize a classe política a que pertence começando por devolver as vantagens adicionais que desfruta. Vantagens essas pagas com o dinheiro público que deveria ir para os portugueses mais necessitados. Só assim o povo concordaria em prestar mais sacrifícios.

Alma grande ou pequena?

A frase de Fernando Pessoa “tudo vale a pena se a alma não é pequena” , aplicada ao momento difícil que estamos vivendo, classifica-nos como pessoas de pouca ambição e fracos ideais ao reivindicar, de forma desunida, interesses de classe, mesmo sendo justos. Foram os interesses dessas classes, dos políticos, dos juízes, dos banqueiros e dos empreiteiros, os responsáveis pela falência do País. O momento é de união para acabar com estes insanos interesses. Qualquer outro movimento de interesses  isolados, só complica mais a situação.
Os professores, os jovens à rasca (!), os desempregados, os aposentados, os empresários e os trabalhadores ainda empregados ( os pagadores dos tachos), devem ter em mente um ideal, exigir outra governação voltada para o bem estar do povo. Para isso, só novas eleições  para se eleger  legisladores comprometidos em criar nova, moderna, honesta e humana legislação. Com a casa arrumada todos serão beneficiados.
Como termo de comparação: o emigrante ao tomar a difícil decisão de deixar a família, amigos e outros valores sentimentais, começar tudo de novo em outro lugar estranho, demonstra ter alma grande. Esse um terço da população ( 5.000.000), se não tivesse saído do País, hoje faria a diferença.
P S – Este é o meu ponto de vista e, sendo  emigrante, tenho experiência no assunto.
C.Liberto

terça-feira, 15 de março de 2011

Cuidado!


“Uma crise política só agrava a credibilidade do País”. Sócrates 15/03/11
Credibilidade do País...?!
Este Senhor está no mundo da Lua. Será uma ameaça?
Só há uma maneira de solucionar a “crise política”, pois foi ela que nos levou a esta surreal situação econômica. Começar do zero. Colocar para escanteio esta “coisa” política e elegermos pessoas dignas e responsáveis que trabalhem pelo bem comum.
Qualquer outra solução será empurrar o problema com a barriga.
Carlos - RJ

segunda-feira, 14 de março de 2011

Humor Lusitano


Um amigo aqui do Brasil me indagou sobre a situação Política/Econômica de Portugal. Levando na brincadeira, respondi: vai mal, não tarda muito vai a leilão, já está nas mãos dos agiotas pagando juros altíssimos, sinal de insolvência.
Conhecedor da nossa história, tendo em muito boa consideração e apreço os amigos portugueses, continuou: como um povo de feitos notáveis no passado chegou a esta situação?
Respondi na brincadeira, pois não dá para responder sério, teria quer ser grosso e deselegante: sabe, quem foi para o mar iniciar esta tal de globalização foram os portugueses mais capazes e arrojados, os mais acomodados continuaram se contentando com o pouco que lhes cabia, levando uma vida simples sem ambição.
E hoje?
Hoje...!? Hoje, acontece a mesma coisa, só que, sem as riquezas do comércio das especiarias e  do ouro do Brasil, ora pois, pois!
C.Liberto

domingo, 13 de março de 2011

Quando é que me desato


Quando é que me desato
Dos laços que me dei?
Quando serei um facto?
Quando é que me serei?
Quando é que o cativeiro
Acabará em mim,
E, próprio dianteiro,
Avançarei enfim?


Quando, ao virar da esquina
De qualquer dia meu,
Me acharei alma digna
Da alma que Deus me deu?

Quando é que será quando?
Não sei. E até então
Viverei perguntando:
Perguntarei em vão.

Fernando Pessoa

Sobravam ao ser humano Fernando Pessoa qualidades para nos mostrar suas fraquezas de imortal.
 Aos nossos políticos falta-lhes inteligência e sensibilidade para se indagarem até onde vão suas limitações.
Aparentar importância, na terra dos Srs. Doutores, é exigência cultural da herança discriminatória do passado. Esses falsos valores arruínam o País.
 “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.”? Abraham Lincoln
C.Liberto


Falta união

Esforço-me para tentar entender o que se passa no meu desgovernado e falido Portugal.
Os partidos políticos não se entendem.
O PR e o PM vivem em choque, são cúmplices e irresponsáveis.
Os protestos de rua reivindicam interesses de classes – foram os privilegiados interesses da classe política responsável pelo caos vigente –, não obstante,  teima-se em seguir o mesmo erro.  Os protestos dos professores, e agora dos jovens, não tem origem na oportunista política de defesa de interesses partidários que desestabiliza  e empobrece a grande maioria do povo português! Todos os portugueses não estarão à rasca?
A solução resulta  na união de todos por uma única reivindicação: destituição e cadeia para os corruptos mandatários do País. Só assim,  novos eleitos mandatários assumiriam suas responsabilidades.
Com essa inepta e interesseira justiça que só sabe punir ladrão de galinhas e o aumento de leis, pós revolução dos cravos, legisladas em causa própria por comprovados oportunistas, só mudar de sigla partidária não é a solução.
Chega de dopar o paciente, em fase terminal, com analgésiticos, é hora de amputar o mal pela raiz, isso só acontecerá com a concordância e união da maioria.
Mentirosos, corruptos e aproveitadores do poder, ditadores travestidos de Democratas, não são cidadãos dignos de nos governar, para esses marginais a cadeia é o seu lugar.

P S -“Cavaco Silva afirmou, há dois dias, que há limites para os pedidos de sacrifícios a pedir aos portugueses.”
Cavaco Silva deveria assumir e dizer: há limites para o povo nos suportar.
C.Liberto

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mais do mesmo



“Navegar é preciso, viver não é preciso”, palavras sábias do nosso Poeta.
 Com estes políticos, viver, além de impreciso, é impossível!
A nau está à deriva prestes a afundar e ninguém se entende. Os responsáveis vivem sacudindo a água do capote, não assumem responsabilidades. Os inocentes virtuais, os castos políticos que nos (des)governam têm um pacto em comum, não querem perder direitos adquiridos na surdina do Legislativo, mordomias desconhecidas pela maior parte da população. Os interesses das imensas famílias partidárias se sobrepõem aos interesses Nacionais.
A esperteza da raposa política está nesta frase: “Foi especialmente a pensar nos jovens que decidi recandidatar-me à PR”.
Carlos - RJ

quarta-feira, 9 de março de 2011

Lápis de pedra

Lápis de pedra
Em termos de ensino sou da idade da pedra, uma vez que, quando comecei a ser alfabetizado, meu caderno era uma lousa de pedra onde escrevia, em ambos os lados, com um lápis de pedra. A borracha era uma almofada de pano umedecida com água, e na falta deste cuspia na lousa e limpava com o antebraço.
 Para uma criança era um estresse extra o cuidado com a bolsa de pano caseira para não bater nem deixar cair no chão, ferramentas de ensino, tão frágeis.  Chegar a casa com as lascas de pedras quebradas era pancada na certa, pois isso representava uma despesa extra, difícil  de conseguir no árduo trabalho do cultivo agrícola de subsistência.