Numa de suas, muitas, entrevistas ( como fala!), o maior $ociali$ta do planeta disse que se orgulhava de ver o desenvolvimento do interior do país. Presumo que não conheça! Fala o que ouve dos amigos nos palanques das campanhas eleitorais. Triste realidade não assumida por estes senhores políticos.
De ano para
ano fico mais triste em ver a quantidade de fazendas abandonadas. Rico chão, se
cuidado, dá fartos alimentos. Mas não é mais assim, videiras e centenárias
oliveiras, para não falar de outras árvores frutíferas, são sufocadas pelos
tojos e as silvas numa agonizante morte anunciada. Para quem conheceu esses campos,
mais cuidados que jardim florido, dá tristeza ver o seu calamitoso fim. Os idosos, que da terra cuidam com
amor, não deixam raízes. As novas gerações fogem do trabalho do campo como o
diabo da cruz, o conhecimento de gerações e gerações que nos precederam foi esquecido,
até essa herança nos foi sequestrada. Foi essa cultura do manejo da terra que
nos sustentou, matou a fome da grande maioria dos portugueses durante muitas
centenas de anos. Ao ser implantado o atual estado social esqueceram-se das
nossas bases, esqueceram-se do interior, esqueceram-se do homem do campo e aí
ele migrou para as cidades e emigrou para outros países. Ficaram as cidades
mais inchadas de gente, dando origem a uma pior qualidade de vida dos seus
habitantes e as aldeias, despovoadas, foram minguando ficando só os idosos.
Neste tempo mediático, qualquer político irresponsável, bom de conversa, sobrevive no fausto das suas anunciadas competências. Não fosse a política teriam que trabalhar, como não têm apetência para dar duro na vida, alguns ficariam à guarda da justiça, com bem menos mordomias.
Neste tempo mediático, qualquer político irresponsável, bom de conversa, sobrevive no fausto das suas anunciadas competências. Não fosse a política teriam que trabalhar, como não têm apetência para dar duro na vida, alguns ficariam à guarda da justiça, com bem menos mordomias.
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