terça-feira, 31 de julho de 2012

Vão trabalhar vagabundos!



 “Há uma dificuldade muito grande em nos relacionarmos com os emigrantes”
Dá vontade de dizer um palavrão: a culpa da pressuposta "dificuldade de relacionamento” será do emigrante?! Será porque o emigrante tem identidade e autonomia própria, põe muita dificuldade em aceitar cabresto, em ser montado, subjugado e explorado? Não fosse assim, não seria um afoito destemido aventureiro, confiante no seu taco, nas suas possibilidades, para quebrar as amarras da servidão e ir ao mundo produzir riqueza. Sim, participar no desenvolvimento da comunidade que o recebeu.  Não quer viver do trabalho escravo de outros, ou dos favores de corruptos políticos às expensas da falida viúva.
Agora estão acordando para o fato do emigrante português não ser lixo, como tem sido considerado pelos governantes. Bem pior, lixo não aproveitado, sem qualquer utilidade a não ser para enviarem divisas! Por incrível que pareça, nem lixo reciclável!!!
A culpa, em parte, é da sociedade elitista, discriminatória, que sempre julgou e julga os emigrantes, na presunçosa escala social, como sendo formados por seres inferiores, de quinta categoria. Agora que bate à porta da classe média o temor e a angústia de perderem o convívio de um ou mais entes queridos, talvez seja tempo de reverem os conceitos e exigirem dos políticos mais responsabilidade, humanidade e consideração pelos esquecidos filhos da pátria, abandonados à própria sorte no mundo, sem contarem com uma política que lhes dê o devido valor, que agora está sendo percebido. É incrível que aqueles que sempre foram ignorados, estejam sendo olhados, agora, como a luz do fim do túnel da salvação!

sábado, 28 de julho de 2012

Como é linda a minha aldeia




“É tão linda a minha aldeia, o lugar onde eu nasci
Sob a luz de uma candeia, lembro a terra onde eu vivi
É tão lindo o amanhecer,...” (Roberto Leal)
                                 



sábado, 21 de julho de 2012

Enxaqueca



Enxaqueca doença ou,..! O quebranto causador de dor de cabeça? Mau olhado retirado com reza, oração, benzedura?!
Desde criança a enxaqueca sempre foi o meu ponto fraco. Lembro-me da minha avó, amorosa Conceiçãozinha, junto da lareira, em noites iluminadas pelas chamas do candeeiro a petróleo que empesteava o ar com forte odor e das labaredas do fogo na lareira aquecendo as panelas de ferro de três pernas, uma maior cozinhando a comida do porco, depois de misturar outros restos de comida e farinha, a que se dava o nome de lavagem e três outras menores: uma para a sopa, outra para as batatas e hortaliças, e outra só para água quente, para completar as outras e, também, para amornar a água de lavagem da louça. Lembro, ainda, da querida avozinha, de aspecto franzino, pegando nas tenazes para retirar do lume uma brasa e mergulhá-la numa malga com água, para investigar se a dor de cabeça do único neto, era proveniente de mau olhado. Geralmente era confirmado o mau olhado, seguindo-se o ritual da benzedura. Nunca funcionou, mas esse ritual continuou a ser repetido pela minha mãe. Valia como manifestação de conforto, carinho, e doação, prova de amor de quem me queria bem.
Quem convive com a doença sabe bem como ela interfere na qualidade de vida, no desempenho da profissão e, por sequência, no seu pleno desenvolvimento. Muitos dias a chá, comprimidos e compressas de gelo na testa. Dias e noites infindáveis com latentes pulsações de dor, mal estar e vômito. Duas enxaquecas por semana num ano somam mais de 100 dias parcialmente perdidos. Multiplicados pela idade da pessoa, são muitos anos de clausura e sofrimento. Uma vida de agonia e prisão destinada aos pacientes com dor de cabeça. Hoje, graças ao desenvolvimento de novos medicamentos, essa situação tem sido minorada!
Vai fazer três anos, por recomendação de amigo fui a médico especialista que, depois de ouvir pacientemente (novidade nos dias de hoje) meu histórico de doente descrente e desconfiado, pois procurara outros médicos sem obter resultados satisfatórios, receitou-me um comprimido para tomar todos os dias, outro para tomar na crise, avisando, que não curaria a doença, com a qual teria que conviver até certa idade, quando então ela sumiria espontaneamente. Não deu a razão de ela sumir, imagino que seja por capricho da natureza! Não importa, acertou no diagnóstico! Assim, com crises mais espaçadas, posso levar uma vida normal. Resumindo: o homem com persistência e fé no saber faz milagres, diferente dos milagres evocados aos Santos por falta de saber! 

terça-feira, 10 de julho de 2012

Deboche acadêmico!



Novos tempos: na terra de cegos quem tem um só olho, tem mais créditos para ser, nomeado doutor.Como fica a grande maioria dos conceituados doutores que se formaram com muitas horas de estudo e comprovado saber?
Numa sociedade ávida por títulos, não importam os meios para conseguir o “canudo”.Quem critica tem inveja!
Canudo!! Estamos a ser governados por gente do“canudo”. Reconheço serem pequenos os canudos para tantas qualidades e créditos do Relvas e do Sócrates! Habilidades extra-curriculares têm eles de sobra.
Num país decente, a sua ficha criminal seria vastíssima, mas em terras onde o título substitui o apelido esses predicados são virtudes. São os escolhidos (eleitos) para administrar o País. Levaram tempo para minar as instituições democráticas e enfraquecê-las. Conseguiram! E ainda conseguem continuar a destruir o País!
Há cinquenta anos, os pobres do interior, sem estudo, sem eira nem beira, sem algo de seu, eram explorados pelos ricos donos de terra da região. Ricas mansões habitadas por fidalgos de fina estirpe contrastavam com as humildes casas ao redor. Escravos libertos tinham seus senhores. Não tinham escolha a não ser servir a quem os oprimia e discriminava. Por falta de opções, eram escravos do sistema.
Comparando o passado não muito distante com o presente, tristes contestações: por livre escolha democrática elegemos os algozes da nossa desgraça. Continuamos escravos de quem apregoa ser democrático, nosso defensor e benfeitor.






quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mau agouro!

É mulher e defende os interesses da Alemanha! Constantemente criticada por exigir dos parceiros europeus, desgovernados, respeito aos compromissos assumidos, eficiência administrativa e o pagamento das dívidas.
Por ser mulher é tratada pela mídia machista com deselegância e grosseria.
Quantos capítulos faltam para terminar a novela, pastelão, dos unidos estamos (UE)?
Nesta chanchada, atores chinfrins, os perdulários, passam por mocinhos e os eficientes por sovinas. Os alemães são os que ficam mal na fita!
Presumo que este enredo não vai terminar bem. Como ficará a UE se a chanceler alemã Ângela Merkel  decidir sair do euro?
Os estroinas populistas já devem ter um “trunfo na manga”.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Rio, Patrimônio Cultural da Humanidade.


A  “Cidade maravilhosa cheia de encantos mil”..., é a 1ª cidade eleita Patrimônio Cultural da Humanidade.
Lembro da minha chegada ao Rio com 8 anos de idade. Viajei a 1ª vez para o Brasil no velho navio argentino Salta. Os deuses do mar encontravam-se de mau humor, dois terços da viagem foi turbulenta, muitos passageiros enjoaram. Pela freqüência de pessoas no refeitório dava para notar que muitas baixaram à enfermaria, outras, como a minha
mãe, com receio de se separarem dos familiares, ficavam nos beliches tendo como dieta água, bolachas e frutas, não fossem desidratar! A paisagem do revoltoso mar metia medo, gigantescas ondas mais parecendo paredões móveis testavam a solidez da embarcação e a confiança dos apavorados passageiros de 1ª viagem. Passados 12 dias o ânimo voltou ao normal ao avistarem-se, ao longe, as primeiras gaivotas, logo o continente. A tensão deu lugar à descontração e a inúmeras manifestações de alegria. Ao adentrar na Baia de Guanabara e verem o cenário deslumbrante que a envolve, todos a bordo vieram para o convés de bombordo (até imaginei o navio vir a tombar), para admirar as praias de Copacabana, do Leme e a Vermelha, o morro do Pão de Açúcar, a enseada de Botafogo, o Cristo Redentor e o entrelaçado das sinuosas montanhas de diferentes alturas, com os diferentes tons de verde a emoldurar todas essas vistas. Hoje se perde essa deslumbrante visão da cidade, na chegada ao Rio, viajando de avião.
Aos turistas recomendo fazerem um tour turístico pela Baia de Guanabara.

domingo, 1 de julho de 2012

Crise de valores.


Pessoas robotizadas sem sentimento, conhecidas como bestas humanas.  Estas, ditas racionais, depois de muito estudarem ficam mais embrutecidas, potencializam a sua insensibilidade. Estes “inteligentes” brutos acabam, muitas vezes, por ocuparem cargos de muita responsabilidade social, como acontece no Hospital de Viseu.
Como o juiz que atrasa o julgamento dos envolvidos do BPN (!) afirmando falta de recursos para comprar novo notebook, o responsável pela saúde de hospitalizados manda retirar da ementa bolachas e o copo de leite de doentes que carecem dessa alimentação para não agravarem seu estado clinico e terem a vida abreviada!!!

É sabido que o Governo tem vindo a cortar verbas onde não deve. As medidas de ajuste fiscal penalizam sempre os mais necessitados, provocando revolta e insatisfação nas pessoas. Pode essa atitude, por capricho, rabugice, estratégia para chamar a atenção, ou sei lá mais o quê, interferir na segurança e vida das pessoas? É claro que não pode, mas está acontecendo! Nos casos citados, dois pobres de espírito, têm condições e meios de subverter, ou, suavizar as dificuldades dos necessitados. A sorte os bafeja, ao contrário da grande maioria dos portugueses. Num país pobre, de governantes ricos, a miséria paga os salários das elites! Sabem eles, juiz e diretor do HV, quem paga os seus elevados contra cheques? Será essa uma tática para ganharem fama?! Parece o popular: ”Já que não tenho competência para aparecer na mídia por minhas boas realizações, há que conseguir espaço a qualquer custo, portanto, falem mal, mas falem de mim”!