sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Como se desconstrói um país!


Os poderosos políticos megalomaníacos pensaram grande. No país inigualável do futuro, as pessoas das povoações do interior não vão ter necessidade de transportes públicos, todas, sem exceção (!), vão possuir bons e caros veículos ecológicos financiados pelo país maravilha. “Suas Excelências” construíram  muitas estradas com dinheiro emprestado, com a intenção de nunca saldar , palavras do mitômano  Sócrates.  Mania de grandeza caloteira!!  Como seria de prever, o tiro saiu pela culatra...!
 Os coveiros do país diziam que as linhas de comboios do interior eram deficitárias. Com essa desculpa  desativaram 1.583,2 km de trilhos em 25 anos! Construíram estradas, SCUTs  (Estradas Sem Custos Para o Utilizador)!
As caríssimas SCUTs saíam de borla, inclusive sua onerosa manutenção. Os otários estrangeiros pagariam a conta!
Só esqueceram de combinar essa vergonhosa e vigarista estratégia com a banca agiota.
Sem comboios os pedágios estão aí para os mais pobres pagarem!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Boas lembranças!


Saudosista, eu...? Não! Respeito e tenho orgulho das minhas origens.
Inverno nos Janeiros do passado. Dias muito frios. Pés e mãos gelados. As frieiras nos dedos das mãos, para alguns, era um suplício.
Em volta da lareira, procurando calor, a família reunida aguardava a comida ficar pronta nas panelas de ferro. Lembro do cuidado que havia de não faltar lenha e verificar se todas as panelas estavam com água.
Dos interesses de todos, dois destacados desejos os uniam: o de fugir do frio externo e o da comida para saciar a fome e aquecer o interior do corpo. Aguardava-se, com dois dedos de conversa e vinho quente (como exalava agradável aroma a álcool!), a comida ficar pronta. Não existia luz elétrica e televisão. Nascia ali a união familiar. Pelo calor humano nascia o convívio fraterno, marca registrada das famílias do passado no interior do país.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Droga de Esporte


Tem muita gente graúda envolvida. Armstrong foi vítima dessa gente, ligada ao esporte só por dinheiro.
Não é inocente, não resistiu à pressão do sistema, à fama e à grana, mas não é o único culpado. 

“Quando tudo isso começou, vi meu filho me defendendo e dizendo: ‘O que estão dizendo sobre meu pai não é verdade’. Foi aí que eu vi que eu tinha de dizer a ele. E ele nunca me perguntou. Ele confiou em mim", declarou, em meio a diversas pausas para recuperar o fôlego.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Melhor não pensar!


Quanto mais poder econômico, mais capacidade de sofrimento e morte. Feliz o inocente desconhecedor da existência de complexa teia de interesses maquiavélicos que domina o mundo. É usado e abusado, escravo do esquema mais perverso torturador e assassino, não se dá conta que faz parte do jogo de destruição em massa da vida no planeta.
Para metade da população saciar a fome, desperdiça  o equivalente a outro tanto em sobras de alimentos jogados no lixo. Comida suficiente para matar a fome da outra metade de pessoas desnutridas.
Uma imensa indústria de terror e tortura sacrifica bilhões de animais por dia, motivada pelo lucro fácil. Animais criados em cárceres sem espaço para se moverem, abatidos por processos dolorosos, alimentam uma sociedade de “humanos” insensíveis.
A cada maior eficiência, a elevada produtividade exigida ao trabalhador, reverte para aumentar o poder de quem mais manda no mundo. Ganham os governos com a maior arrecadação e seus pares, a banca, ambos responsáveis e participantes do capitalismo selvagem que domina a economia.  Com a riqueza produzida do trabalho dos “outros” ganham poder e força para explorar as mais pobres nações em dificuldades de desenvolvimento.
Vivem num mundo material de muito luxo, julgam comprar o prazer, nunca o conseguem em pleno. Colaboram e subsidiam todo tipo de tráfico, desde as drogas, armas, animais, crianças, pessoas e seus órgãos. Inventam crises e fazem guerras, são deuses das trevas.
O inacreditável é que são elogiados, condecorados e eleitos para os mais altos cargos políticos, com a colaboração e complacência de pessoas de bem e de grande saber.
Custa a crer que os pilares que sustentam a confortável vida do ser humano moderno é a cultura da morte com bastante dor. Triste realidade esta que nos faz mal só em pensar.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Filhos da terra


Em criança ficava muito tempo com o meu avô na loja das quatro esquinas, cruzamento das ruas Sacadura Cabral e Gago Coutinho na vila de Santar.  Meu playground foi uma taberna. Imaginem seus frequentadores! Gente adulta e idosa, simples e trabalhadora com a pele curtida  no árduo labor do campo . 
Minha mãe era o braço direito do pai e mais tarde o sucedeu, tinha jeito para atender os fregueses, os “especiais” de caderneta. Sempre teve bom coração, gostava de ajudar pessoas em dificuldade. Os dias sucediam-se difíceis, para quê ir buscar mais preocupações pertinentes aos outros? Talvez por isto, na pequena vila todos se ajudavam e opinavam na vida de cada um como se da família fossem, era assim porque o subconsciente coletivo unia as suas vidas, uma forma de sobreviverem às dificuldades daquele tempo. Por instinto agiam como alguns animais na savana e cardumes de peixes ou bandos de aves  que, ao primeiro sinal de ataque de seus inimigos, se agrupam para poderem ter chance de sobreviver.
As noticias tristes corriam a galope com grande comoção. Quem não viveu essa época não sabe o que é passar por necessidades. Tostões valiosos para quem era mal remunerado, por um período de sol a sol, compravam poucas gramas de itens essenciais para a alimentação: sal, café de cevada e açúcar amarelo e pouco mais. 
Posso recordar as propriedades bem cuidadas como jardins, a troco de muito trabalho braçal e perseverança, com minguada remuneração.
Para sobreviverem, realizavam milagres nunca a si atribuídos, nem mesmo os donos da terra tinham noção que as calosas mãos, que eles desprezavam, afagavam a terra que garantia seu rico patrimônio e seu bem estar.  Eram mãos milagrosas.
O futuro estava na terra amanhada, nas sementes plantadas e, com muita devoção, cuidadas. Era uma sobrevivência nativa! O Estado funcionava para impor as leis e cobrar impostos, não existia o estado social. Muitos direitos e poucos deveres com o povo. Como gado domesticado, as pessoas eram forçadas ao trabalho pesado no campo. Assisti poços serem esvaziados com balde de madeira ligado ao engenho (picota), durante várias horas seguidas para a rega das plantações. A terra era cavada em mantas profundas para enterrar a erva daninha (galracho), não existiam ainda venenos para matar a natureza, os terríveis pesticidas.  Nas vinhas, as videiras eram cuidadas com mais empenho do que a saúde de quem delas tratava.
Grande é o homem do campo e seus descendentes e justos aqueles que se orgulham em reconhecer o valor de seus antepassados.                

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Reveillon 2013


Rio esplendoroso.
Passagem de ano em Copacabana
Nas ruas de acesso à praia, horas antes e depois da grandiosa festa,
as pessoas pareciam formigas mudando de formigueiro. Mas que grande
aglomeração de pessoas em toda extensão da praia!..., 2.3 milhões, eu
estava lá! Tsunami de música, som e fogos, imagens espetaculares e
muita, muita confraternização. Bom recomeço de mais um ano, que espero
decorra tranquilo.