Marcas que ficam, são como programas codificados na mente. Revivem lembranças.
Dentre tanta delas, uma temperou meus medos do sobrenatural.
Cumpria o serviço militar e todos os finais de semana regressava a Santar. Fui um militar bafejado pela sorte.
No meio da viagem noturna de comboio ia-se intensificando a preocupação, pois dependia das condições do tempo para enfrentar a caminhada da estação de Nelas até casa. Noites frias e de chuva. Madrugadas muito escuras trilhando o chão incerto dos densos pinhais. Ruídos estranhos e breus intensos, a mente imaginava vultos, o sobrenatural fazia-se real. Foi nas confidentes noites de luar a iluminar os medos, que a confiança se consolidou. O luar era e continua meu amigo. Entendemo-nos. Muitos outros luares amigos se seguiram e seguirão no Novo Ano de 2013. Assim espero!
A delícia de desfrutar a natureza, por enquanto, é gratuita.
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