segunda-feira, 24 de junho de 2013

Em contato com a realidade Lusitana


Um casal amigo, brasileiro, hospedado no belíssimo hotel na floresta do Buçaco, deslocou-se a Santar para me visitar e, após os cumprimentos da praxe, tece elogios, com imensa manifestação de encanto pela beleza arquitetônica da vila e do manto verde que a rodeia - vinhas de onde saem os melhores vinhos da Região do Dão, diga-se com justiça!
Com ar abatido, meu amigo faz a indagação do momento: e os reflexos da crise?
Mas, sem me dar tempo para responder, conta como foi a chegada ao Buçaco e sua noite de vigília:
Bem recebido pelo funcionário da recepção, foi encaminhado ao apartamento, que havia sido reservado com muita antecedência. Após dois dias de viagem de carro, saindo da Normandia, na França, enfim, o desejado descanso no meio da virgem natureza. Mas logo sentiu que no quarto não tinha ar fresco!
O quarto estava quente e abafado. Colocou a mão no aquecedor e quase a queimou, procurou desligar o aquecimento, mas não conseguiu.  Ligou para a recepção, o prestável funcionário, rápido, foi ao quarto e depois de várias tentativas infrutíferas para desligar o aquecimento, botão e disjuntores desligados e até fio cortado, de nada adiantou. O único(!) funcionário para atendimento aos hóspedes e serviços gerais, recomendou dormirem com a janela e a porta aberta! Han, como é que é? Porta aberta nããooo ...! Tão fácil e rápida solução foi contestada pela esposa que, cheia de razão, discordou.
O hotel, abarrotado de turistas japoneses, não dispunha de mais acomodações disponíveis e, sem alternativa, o remédio foi pernoitar no quarto estufa.
Como de hábito, embora mal dormido, aproveitou a linda manhã de sol para praticar jogging nas trilhas da bela floresta e, qual não foi a sua nova surpresa, quando se deparou com centenas de árvores centenárias no chão e sobre construções. Soube depois que ventos fortes, no principio do ano, fizeram o estrago, derrubaram mais de 2.000 árvores!
Aí fez a pergunta óbvia: qual a razão para, passados meses, não haverem retirado as árvores? A resposta veio de imediato: depois que criaram uma Fundação para administrar o património, faltam recursos para pequenos  gastos, que dirá  os maiores.
Estava explicado o desperdício de energia elétrica dos aquecedores e não só. Os boys da Administração da Fundação Mata do Buçaco nada fazem,  a não ser ajudar a arruinar o País. Os partidos políticos usam e abusam do patrimônio público como  se fossem seus donos.
Pior cataclismo não é o que derruba árvores e as construções que o homem construiu, mas sim  ficar inerte, consentindo no nosso aniquilamento e o da Nação.

BairradaTV: Repórter Bairradino - Todos Pela Mata do Buçaco: http://youtu.be/eJYsa_ZqIiw

Os ilustres boys  da Administração da Fundação Mata do Buçaco
António Jorge Fernandes Franco – Presidente
Sara Cristina Leitão Pereira – Vogal, pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território 
Cristina Maria Pereira Freire – Vogal, pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública
Maria Fernanda da Silva Vara Castor Teixeira – Vogal, pelo Ministério da Economia e do Emprego

Tony Daniel Almeida Luís – Vogal

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