Numa época do boom
da emigração em massa para os ricos países da Europa – meados da década de
sessenta - optei pelo Brasil em 1973. Fui seduzido pela alegre, vibrante e
contagiante cultura do seu povo e pelo clima. Passei muitos anos falando que
fui dos últimos tugas a vir para este imenso país de dimensões continentais de
descendência e tradições portuguesas, mas que atravessava inúmeras dificuldades
políticas e econômicas: vivia-se a plenitude da ditadura Militar e uma
crescente inflação que corroia os minguados salários dos trabalhadores, o meu
salário! Muitos anos se seguiram de dificuldades até chegar ao estágio em que
se encontra. Nunca perdi a esperança, sempre acreditei nas suas potencialidades.
Tenho consciência que contribui para o atual desenvolvimento que o coloca entre
as 10 maiores economias do planeta. Perde a sociedade que discrimina outros
iguais, míngua Portugal com a endêmica saída de jovens com vontade de trabalhar.
Não será essa a mãe de todas as dificuldades que o País enfrenta?
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