quarta-feira, 18 de maio de 2011

Santar hoje

Neste planalto Beirão, canto e recanto de encanto, reencontro o passado sempre presente, nas já tristes paisagens dos campos, nas ainda vistosas fachadas de casas em granito bem trabalhado por artistas do povo e algumas poucas pessoas que carregam no corpo marcas profundas do laborioso, penoso e pouco rendoso trabalho do campo. Já são poucas. Essa geração habituada que foi a não reclamar, não recebeu dos governos democráticos reconhecimento. Por mais isso, além de economicamente pobres, ficamos sem cultura no trato do campo. Essa riqueza cultural, passada de geração em geração encontra-se  em extinção.
Acordos feitos com a CE acabaram com a agricultura de subsistência e com a pesca artesanal, esqueceram-se do povo, interesses económicos maiores prevaleceram.
Considero isso um crime contra o povo mais carente, bravos trabalhadores desprezados pelo Presidente da República, quando Primeiro Ministro, e agora finalizada com a total ruina do país por um PM incompetente e mentiroso, desacreditado por não ter palavra.
Santar, assim como muitas outras povoações do interior, está a ser mais penalizado, sem gente que queira trabalhar no campo, sem indústrias, sem dinheiro para circular no pouco comércio local e a tendência é os residentes produtivos emigrarem.
PS- Proibiram alambiques caseiros de fazer aguardente, proibiram comércio de enchidos de porco, proibiram e proibiram…, não se importaram em preservar os produtos regionais como acontece em países adiantados como a França, Itália, Suíça e outros países que agregaram valor aos produtos regionais de longa tradição.
Há que ter fé em melhores dias!

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